terça-feira, 24 de junho de 2014

Luz ao fundo


"De hoje não pode passar, estamos no mesmo espaço, até temos falado normalmente, tenho mesmo de o apanhar sozinho dar-lhe um abraço e dizer-lhe o que lhe quero dizer... 

É agora ele vem sozinho, só me lembro de atirar as coisas que tinha na mão para o lado e atirar-me ao pescoço dele, ele ficou estático, sem reacção, eu não tenho sequer noção se ele me retribuiu o abraço. Não me interessava, ele estava entre os meus braços, estava novamente com o corpo dele colado ao meu, segredei-lhe ao ouvido: só quero que sejas feliz e que fiquemos bem, vamos parar com isto! Dei-lhe um beijo no pescoço e voltei a deixá-lo fugir do meu abraço. 

Só pensei, já está, finalmente consegui! Voltei a tocar-lhe e disse-lhe o que me estava preso à tanto tempo na garganta.

Mais tarde mandei-lhe mensagem e a demora na resposta fez-me duvidar que o abraço tivesse resultado, mas a resposta chegou, "não é por mim (que estamos assim) já sabes!" Antes de ir para casa voltamos a estar uns segundos juntos, sozinhos e por momentos esqueci-me que tivemos seis meses sem nos falar"

Estou feliz, estou aliviada e com esperança que as coisas se resolvam, pela primeira vez em meses ele pensou com a cabeça dele, mesmo sem ela saber fico feliz que ele me tenha dado o espaço que precisei e não me tenha afastado... Estou aliviada, parece que afinal houve uma mão a puxar-me para terra!

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