sábado, 15 de fevereiro de 2014

Boy's and his toys


Desde o dia em que tirei a carta que me aventurei, quis ser corajosa (porque quem já tirou a carta sabe a diferença que é passar de gasóleo para gasolina e pior, começar a conduzir carros diferentes daquele em que aprendemos tudo) e nunca neguei um desafio. Conduzi desde Audis a Bmw, a calhambeques com direcção assistida a braços. Conduzi carros e carrinhas, carrões e chaços.

A verdade é que acabei por ser reconhecida por vários amigos rapazes, como sendo uma boa condutora, "uma das poucas raparigas que conduz bem", sim porque eu tenho vários amigos que ainda acreditam no mito da "mulher ao volante perigo constante" e todos eles me deram as chaves dos seus carros para as mãos e mos confiaram.

Mas com ele... Na primeira noite que nos envolvemos, ainda mal nos conhecíamos, eu trouxe o carro dele para casa e logo nessa noite ele teve que dar a mão à palmatória e dizer "para rapariga não conduzes mal". Uns tempos depois tive um furo no meu carro e ele emprestou-me o carro dele para voltar para casa (certo que os carros dele nesta altura não eram grande coisa), sim fiz cerca de 100km com o carro dele e com o seu consentimento. Bem entretanto ele comprou um carro bastante aceitável e andava maluco (tão a ver rapazes com carros novos) com o carro e queria que toda a gente dissesse bem do seu brinquedo. Toda a gente o fez menos eu, que teimava em dizer: "antes de experimentar não posso dizer se é bom se não." E ele encosta e passa-me a chave para a mão e diz-me: "és a primeira pessoa a conduzir o meu carro sem ser eu, nem o meu pai ainda tocou nele!". Fiquei toda orgulhosa, parece que afinal conduzia bem o suficiente para conduzir o brinquedo novo.

A ultima vez  que nos vimos ele tinha um carro novo, um carro óptimo, não, ainda não mo deixou conduzir mas deixou a hipótese pairar no ar...

Fico toda babada por acharem que conduzo bem, por me confiarem os seus brinquedos mas há uns que são mais especiais que outros!

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