domingo, 1 de novembro de 2015

A nu


(Este post é, provavelmente, o mais pessoal que já escrevi até hoje)

Nunca fui muito boa a expor os meus sentimentos em voz alta, sempre me foi mais fácil pô-los por palavras. 

Lembro-me, se não de todos, de praticamente todos os nossos momentos, quando nos conhecemos ninguém faria prever que esta relação fosse durar seis anos.

Corria o ano de 2009, um acaso da vida fez com que nos conhecêssemos e tu fizeste com que esse não tivesse sido um mero acaso. Quando me conheceste eu era uma miúda insegura, cheia de medos e tu areia de mais para o meu camião. Nunca me achei suficientemente boa para ti e mesmo assim tu mantiveste-te sempre presente. Aprendi tanto contigo, és uma pessoa encantadora, apaixonante. Sempre que estou contigo sou mais feliz!

Da paixão ao amor, sempre com a amizade como pano de fundo fomos vivendo estes anos, cada um com a sua vida. Mas o destino foi-se encarregando de ir cruzando as nossas vidas de tempos em tempos e quando olho para trás, quando penso em tudo... sim, passamos mais tempo separados que juntos mas tudo o que passei contigo foi tão especial. Foste o primeiro homem em quem confiei com todo o meu coração, contigo sempre me senti segura, sem medos. 

Muita coisa se passou e os sentimentos são tão confusos, não consigo descrever o que sinto por ti, não sei se é amor, paixão, amizade... sei que sou feliz contigo, que gosto da tua atenção, da nossa cumplicidade, do som dos nossos sorrisos. Adoro perder-me no teu abraço, gosto que cantes a olhar-me no fundo dos meus olhos, o meu corpo estremece cada vez que falas em casarmos... 

"A nossa relação é muito estranha" é mesmo!

Tenho vivido tantos amores, tantas aventuras e tantas paixões mas acho que se não for contigo não vai ser com mais ninguém, somos tão iguais em tanta coisa que por vezes sinto que somos um dividido em dois. Mas passaram seis anos... seis longos anos e nunca houve tempo nem espaço para nós, continuo a achar que não sou suficiente para ti... Quando penso nisto fico triste, sinto que estou no banco à espera que me chames para entrar e que esse dia nunca vai chegar e eu vou continuar ali sentada a ver-te e à espera que olhes para aquele banco e me chames e que nunca mais me tires a titularidade...

É  estranha sim principalmente quando me sinto ruída de ciumes por a tua atenção não ser toda para mim, quando te vejo com uma miúda que tem todos os requisitos e isso me deixa incomodada, que me faz sentir desconfortável... Como é que posso premitir-me ter ciumes de um "amigo"? Porque é só isso, nós somos amigos não é? Porquê que as lágrimas teimam em cair todo o caminho de regresso a casa por pensar que a foste por a casa? Que mal tem isso se nós não temos nada?!

Como é que se lida com sentimentos tão desconcertantes? Não é suposto sentir ciumes de ti mas senti e não soube lidar com isso...

Gosto tanto de ti, disto tenho a certeza!


2 comentários:

  1. Casa e cala-te!
    R. Teve de ser, vieste fazer choradinho!!

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  2. Lindo :) às vezes o amor aparece-nos à porta e não sabemos o que fazer com ele, desconfiamos porque não nos queremos magoar...

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